A adolescência é um período de transição da dependência infantil para a auto-suficiência adulta, que se completa, definitivamente, quando o jovem obtem sua nova identidade, através de suas experiências em sociedade.
O conceito de adolescência é muito recente. Antigamente este período não era reconhecido, pois a transição da infância para a fase adulta era imposta e determinada pelos pais, que se sentiam no direito de usufruir do trabalho e determinar o destino dos filhos, que resultava em dar continuidade aos projetos familiares. Apenas a partir do século XX, a adolescência adquiriu um novo olhar, é vista como uma fase positiva, na qual consagra-se as experiências necessárias para a entrada na fase adulta, tornando-se um aprofundamento da maturidade, onde entram questões como escolha profissional e primeiro emprego. Ou seja, o adolescente contemporâneo apresenta uma nova estrutura quando falamos sobre sua identidade, "quem sou e quem serei", onde sua inserção no mercado de trabalho, através do primeiro emprego, torna-se além de um desafio um modo de inserir-se na sociedade.
O jovem luta contra incertezas, inseguranças, falta de confiança e a dúvida de qual o melhor caminho que deve seguir na vida profissional, pois é através do trabalho que o adolescente conquista seu papel na sociedade. Uma forma de diminuir esta pressão é saber que essa escolha profissional não é necessariamente definitiva. Novos caminhos podem surgir durante a faculdade, o mercado de trabalho pode exigir adaptações ou uma grande "guinada" na carreira.
Em resumo, escolher uma profissão representa esboçar um projeto de vida, questionar valores, as habilidades, o que se gosta de fazer e a qualidade de vida que se pretende ter. E esse momento de reflexão pode render bem mais quando é compoartilhado com a família. "Os pais possuem uma responsábilidade muito grande em relação às preferências vocacionais de seus filhos, pois logo cedo a criança que se identifica com seus pais manifestará bem cedo as preferências que os pais valorizam" (MATTIAZZI, 1974). Mas, ainda de acordo com Mattiazzi, o acerto da escolha profissional será cada vez mais real quando o indivíduo fundamentar a escolha de acordo com seus interesses, aptidões e capacidades.
REFÊRENCIAS
MATTIAZZI, B. A natureza dos interesses e a orientação vocacional. Rio de Janeiro: PUC/RIO, 1972.
Artigo publicado pelos graduandos do IV semestre do curso de Psicologia da Universidade Metodista de São Paulo - UMESP.
Amanda Cristina Colombo, Ana Ribeiro C. da Silva, Camila Ahmad Bacha, Emerson Moraes, Fabio Pipelmo Cavale e Sabrina Gonzalez.